Avaliação do modelo funcional

Para a avaliação da viabilidade funcional do conceito desenvolvido foi necessária a produção de um modelo funcional com base no modelo virtual previamente desenvolvido.

O conceito desenvolvido após a análise dos requisitos de usuário é que a luminária deve atender às necessidades de ambientes multifuncionais, ou seja, permitir que diferentes usuários realizem diferentes tarefas ao mesmo tempo no mesmo ambiente ou até mesmo em ambientes diferentes.

Com isso, foi desenvolvida uma alternativa que possui funcionamento baseado em módulos, sendo que um é fixo e é responsável pela iluminação geral do ambiente (mostrado em vermelho nas imagens abaixo), e o outro é um módulo móvel, responsável por realizar a iluminação direta, quando necessária. O módulo móvel conecta-se através de um plugue de tomada convencional, disponível no mercado.

O modelo foi produzido utilizando como material principal para a estrutura das duas peças a espuma de poliuretano expandida. Este material permite facilidade em esculpir as formas desejadas e bom nível de acabamento.

Baseando-se nos protocolos e parâmetros da norma NBR 5382/1992 da ABNT foi realizada uma comparação da tecnologia LED e das tecnologias incandescente e fluorescente. Esta norma fixa o modo pelo qual se faz a verificação de iluminância de interiores de áreas retangulares. Para tal, a norma indica que deve ser utilizado um instrumento com fotocélula com correção de cosseno e cor, com temperatura do ambiente variando entre 15ºC e 50ºC. Os testes realizados seguiram a orientação do tópico 3.4 da mesma norma, que fixa a altura da superfície da fotocélula em relação ao piso do ambiente em 80 cm no plano horizontal.

Os resultados das medições lumínicas mostraram que a diferença de intensidade luminosa entre as lâmpadas incandescente de 60W, fluorescente de 22W e a luminária com o sistema de iluminação LED utilizando potências de 8, 16, 24 e 32W é significativa. É possível observar que o sistema de iluminação LED supera a lâmpada fluorescente 22W à partir da utilização da metade do seu potencial de iluminação (16W), 80% da energia usada pela lâmpada fluorescente e supera a lâmpada incandescente 60W a partir da utilização de 25% do seu potencial (8W) com 13% da energia utilizada pela lâmpada incandescente.

Durante o teste foi possível observar que a luz proveniente do LED é demasiadamente forte, provocando ofuscamento quando olhado diretamente para a luminária. 

É possível concluir que o difusor de luz é um importante requisito de produto e parte integrante da luminária a ser desenvolvida.